Não me ensinaram a ser mãe
Fui-o por instinto, verdade
Necessidade de amar com vontade
Vontade de conceber a vida, um outro ser
Vontade de ser mulher
Não me ensinaram a ser mãe,
Com isso tenho que viver
Talvez isso, tenha que agradecer
Sou mãe na dor, na alegria
Na fantasia das horas felizes
De alguns momentos infelizes
Saro as cicatrizes
Sou mãe quando digo não
Quando digo sim, mesmo,
No assim-assim
Não me ensinaram a ser mãe
Plantei flores no meu jardim
Tratei-as e reguei-as, sim
Sou mãe por convicção
Pela continuação do ser
Sou mãe quando finjo não ver
Em tudo o que ensinei
Mãe em tudo o que desejei
Sou mãe, e orgulho-me
Das sementes que plantei.
Antónia Ruivo
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