Hoje em dia todos correm pra lá e pra cá, a fim de realizar suas tarefas. A ansiedade é um sentimento comum inclusive em crianças pequenas, que seguem agitação dos pais, têm uma rotina cheia de tarefas e vivem com a mente acelerada pelos games que existem por aí...
As crianças não brincam mais na rua, não gostam de se sujar na areia ou com tinta. Pois há um estímulo muito grande para o desenvolvimento do intelecto.
Quando bebês, os pais querem que eles sentem, engatinhem, falem, andem e saiam das fraldas o mais rápido possível.
Quando crianças espera-se que aprendam ler com 5 anos, assim como já saibam fazer contas simples, falar algumas palavras em inglês, terem sucesso em jogos de raciocínio no computador, terem um bom vocabulário, etc.
E as cobranças continuam...
O jovem deve ter habilidade em Inglês, informática, passar numa faculdade boa, ir para o exterior...
O adulto precisa ser responsável, criativo, ter iniciativa, se atualizar sempre, ter bons contatos, saber Inglês e mais uma língua, saber se promover, fazer mestrado, doutorado, MBA. Se vestir bem, falar corretamente, ter um carro bom, poder jantar num bom restaurante, ter casa própria (e quanto maior ou melhor o condomínio e o bairro, melhor), etc.
A cobrança é tão grande que não é a toa que muitos sofrem de Transtorno de Ansiedade, pânico, medos, depressão, Transtornos Alimentares e, principalmente, doenças auto-imune.
E para que?
Para conseguir ser bom, em que e para quem?
Para seguir os padrões da sociedade?
Sociedade, esta que está cada vez mais doente?
Alguém já pensou como se sente uma criança que é obrigada a ficar horas sentada tentando aprender ler e escrever? Enquanto ela pode estar querendo brincar de bola, ou no parquinho, se relacionar com outras crianças, ou apenas ficar sentadinha no colo da mamãe ouvindo uma história e curtindo um carinho, um momento de afeto e amor?
Já pensaram no adolescente que com 17 tem que definir sua profissão para o resto da vida, enquanto sua necessidade maior é de se sentir querido, compreendido e enturmado. Tendo energia de sobra para os beijos e abraços...
Bebê, criança, jovem, adulto e idoso. Todos têm suas necessidades específicas da idade e temperamento. Todos têm sentimentos!
Todos são indivíduos! São únicos em suas características, gostos, sentimentos.
Então por que há a tentativa de se moldarem a algo comum?
Por que a grande expectativa de serem assim ou assado?
E como sobreviver a esta era do "sem tempo", da ansiedade e da necessidade de corresponder a uma expectativa?
Cada pessoa deve buscar se conhecer sempre o máximo que puder. Deve se respeitar, aceitar seus limites e perdoar seus próprios erros...
Como?
Não é nada fácil, mas que tal começar pensando nas prioridades que têm em sua vida neste momento?
Por exemplo:
1º Filho
2º Família
3º Eu (cuidado com saúde do corpo, mente e espírito)
4º Trabalho
5º Casa
6º Familiares
7º Amigos
8º Voluntariado
Assim pode ficar claro para nós mesmos o que é mais importante e com o que devemos nos dedicar mais!
Também pode-se fazer uma lista com prioridades para o dia, começando pelo que obrigatoriamente você precisa fazer e deixar por último as coisas que podem ser feitas outro dia.
Quem sabe não vai ficando mais fácil? E a ansiedade, o cansaço vão diminuindo?